6 de set. de 2014

Uma mensagem de MOTIVAÇÃO que vai te fazer levantar ao saber "Porque Caímos"


PORQUE CAÍMOS? 

Deixe-me contar uma coisa que você já sabe. 
O mundo não é só por-do-sol e arco-íris, é um lugar muito sujo e malvado. 
E não importa o quão forte você é. 
Ele vai te bater e te deixar de joelhos. 
E te deixar assim pra sempre se você permitir. 
Você, eu ou ninguém vai te bater tão forte quanto a vida. 
Mas não é sobre o quão forte você bate, é sobre o quão forte você pode apanhar e continuar em frente. 
O quanto você pode aguentar e continuar seguindo em frente. 
É assim que se faz a vitória! 

Dor é temporária. 
Ela pode durar um minuto, uma hora, uma semana ou até um ano. 
Mas em alguma hora ela vai ficar para trás. 
E alguma outra coisa vai tomar o lugar. 
Mas se eu desistir, entretanto, vai durar para sempre. 
A tolerância para um erro é tão pouca... 

Meio passo atrasado ou adiantado e você não consegue. 
Meio segundo muito devagar ou muito rápido e com certeza você não pega. 
Os centímetros que precisamos estão em todo lugar em nosso redor. 
Eles estão em cada intervalo do jogo, a cada minuto, a cada segundo. 

" Se você tem um sonho, você tem que o proteger. Pessoas que não conseguem fazer nada por elas querem te falar que você não consegue. Se você quer algo, vá pegar e ponto final. " ( Will Smith ) 

Não tenha medo de fracassar. 
Você pode não ganhar sempre, mas não tenha medo de tomar decisões. 
Você tem que acreditar que algo diferente pode acontecer. 
Aquele que diz que pode e aquele que diz que não pode, geralmente estão certos. 
A maioria de vocês dizem que querem ter sucesso, mas vocês não querem pra valer. 
Vocês só "meio" que querem. 
Vocês não querem tanto quanto querem uma festa. 
Você não quer tanto quanto quer ser descolado. 
A maioria de vocês não querem o sucesso mais do que querem dormir. 

O nosso maior medo não é que nós sejamos inadequados. 
Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da conta. 
É a nossa luz e não a nossa escuridão que mais nos assusta. 
Você tem que cavar fundo, bem fundo e perguntar a vocês 
QUEM VOCÊ QUER SER ? 
Descobrir por conta própria o quer te faz feliz. 
Não importa o quão maluco possa parecer para os outros. 
Faça uma escolha. 
Apenas decida. 
Como vai ser, quem você vai ser e como vai fazer para ser. 
Apenas decida.



4 de set. de 2014

A Vida


"A vida me ensinou… A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração; 
sorrir às pessoas que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam; fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar; calar-me para ouvir; aprender com meus erros. Afinal eu posso ser sempre melhor. A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo. A ser forte quando os que amo estão com problemas; ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho; ouvir a todos que só precisam desabafar; amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos; perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão; 
amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor; a alegrar a quem precisa; 
a pedir perdão; a sonhar acordado; a acordar para a realidade (sempre que fosse necessário); a aproveitar cada instante de felicidade; a chorar de saudade sem vergonha de demonstrar; me ensinou a ter olhos para “ver e ouvir estrelas”, embora nem sempre consiga entendê-las; a ver o encanto do pôr-do-sol; a sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser; a abrir minhas janelas para o amor; a não temer o futuro; me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher."

- Charles Chaplin

Via: Tumblr

3 de set. de 2014

Perda

"Faz tempo que ele entrou na minha vida e acabou mudando tudo. Era a ele que eu recorria nos momentos mais difíceis, era com ele que eu passava as noites mais divertidas, era ele quem me fazia sorrir feito boba por horas e horas, nas horas em que eu mais precisava ele aparecia e ficava ali do meu lado. E agora ele se foi, eu ainda não quero acreditar que isso está acontecendo, me sinto sem chão. Eu odeio perder alguém, odeio saber que ele pode está em algum lugar do mundo sorrindo e ter certeza que eu não sou o motivo daquela risada gostosa que só ele sabe dar. É triste saber que ele permanece firme e forte, enquanto meu mundo desmorona com a ausência dele. Eu já perdi muitas pessoas na minha vida e eu não posso perde-lo, não ele, não desta vez. Eu não quero e nem consigo, não dá pra imaginar minha vida sem os carinhos, o cuidado e atenção dele. Eu não vou deixa-lo ir, eu sou egoísta demais pra ter que deixa-lo ir, sou egoísta demais pra vê-lo sendo feliz sem mim."

Via: Tumblr



2 de set. de 2014

Morrer ou viver?

Como será morrer? Ou seria partir?
Será espírito ou será carne degradada?
O certo é chorar e lamentar ou apenas aceitar?
Será que é calma, por finalmente ir embora daqui?
Ou será desespero por não conseguir voltar pra quem se ama?
Será que tudo acaba naquele último suspiro?
Ou será que há um julgamento e uma pesagem nos aguardando do outro lado?
E o que será pior?
Morrer ou viver?

- Gabs

31 de ago. de 2014

Futuro



Imaginamos o futuro como algo distante mas se pararmos pra pensar, 
esse momento era futuro alguns minutos atrás. 


Portanto veja bem o que vai dizer, 
como vai agir e o que vai causar aos outros, 
pois o "amanhã" é mais perto o que parece.

- Gabs

30 de ago. de 2014

29 de ago. de 2014

Sobre amor



"- Oi, é o Colin. Estou no meio de uma plantação de soja nos arredores de Gutshot, Tennessee, e essa é uma longa história. E está calor, K. Estou aqui de pé suando como se sofresse de hiperidrose, aquela doença que faz a pessoa suar muito. Mas, mesmo assim, está calor e estou pensando no frio pra me acalmar. E estava me lembrando de quando fomos andando pela neve, na volta do cinema depois de assistir àquele filme ridículo. Você se lembra disso, K? Estávamos na rua Giddings e a neve fazia tudo ficar tão silencioso... Eu não conseguia ouvir mais nada no mundo além de você. E, naquele momento, estava tão frio e tão silencioso... E eu te amava tanto. Agora está calor e muito quieto de novo. E eu ainda te amo."

Teorema Katherine, de John Green.

28 de ago. de 2014

Minha vida não daria um romance



" Minha vida não daria um romance. Ela é muito pequena. É meio sem sentido ficar pensando em jeitos de escrever se ninguém nunca vai ler. Talvez eles me impeçam até mesmo de contar o que se passou. Mas há dias em que está tudo escuro e a luz da vela em cima da minha mesa não vai acordar ninguém. [...] A cada dia tudo se torna um pouco mais difícil. Por isso é quase impossível que isto aqui se torne uma história interessante. As pessoas gostam de aventura, de viagens, de trepações loucas. E eu nunca tive nem fiz essas coisas. [...] Bom, então nasci. "

O ovo, de Caio Fernando Abreu.

26 de ago. de 2014

Amor ou Ilusão


A gente se apega tanto, tão fácil, tão rápido. 
Chegamos a um ponto de carência em que um oi sincero já nos conquista. 
E isso é o que  nos afunda mais ainda. 
Acreditar em tudo que nos dizem achando que dessa vez vai dar certo. 
Quanta ilusão.


Muito pouco sentimento pra muita gente querendo ser amada. 
Muita gente dizendo te amo a torto e direito sem saber o real significado dessa frase. 
O amor está perdendo a credibilidade e eu me pergunto: 
se até isso já perdeu o valor, que futuro tem os seres humanos?

- Gabs

24 de ago. de 2014

23 de ago. de 2014

Pureza


A pequena realização de acordar na hora certa.
Ou de não perder o ônibus.
Ir pra cama mais cedo e dormir tranquilamente.
Ou apenas estar bem para viver mais um dia.
Um beijo de boa noite.
A maciez da pele de um bebê ou a pureza de uma criança.
Dentes-de-leão.
Dirigir ou ficar na carona, com as janelas abertas.
Cochilos e sonos profundos.
Quando seu coração se alegra por alguma bobagem ou surpresa.
Cartas e selos.
Flores e folhas de árvores amareladas.
Quando alguém diz que estava pensando em você.
Cartazes de filmes muito esperados.
Comprar aquilo que você vinha desejando ha tempos.
Filmes que te fazem rir. Ou chorar. Ou os dois.
Efeitos de fotografia.
Céu azul, arco iris e a combinação de sol com vento.
Aquele livro tão bom que você se sente o personagem.
Seu bichinho no colo.
Ter quem você ama ao seu lado.
Rever velhos amigos.
E o melhor de tudo...
A chance de um novo agora.

- Gabs

21 de ago. de 2014

Ninguém



"Ninguém é tão forte, que nunca tenha chorado.
Ninguém é tão fraco, que nunca tenha vencido.
Ninguém é tão inútil, que nunca tenha contribuído.
Ninguém é tão sábio, que nunca tenha errado.
Ninguém é tão corajoso, que nunca tenha sentido medo.
Ninguém é tão medroso, que nunca tenha tido coragem.
E ninguém é tão suficiente que nunca tenha precisado de alguém."


19 de ago. de 2014

Uma longa história, mas tente não se emocionar...



Se querem a verdade, pois aguentem-a então. Todos nós já tivemos um amor de uma vida toda, mas que contado por dias, apenas durou alguns meses. Eu vou contar a história do meu amor de alguns meses. Não foi algo que eu vá ficar triste, é apenas uma história que envolve um garoto magrela, de olhos verdes azulados, branco como um algodão, sardento e de cabelos vermelhos cor de fogo. Aquele garoto salvou a minha vida, mas não pude salvar a dele. Eu costumava acreditar que o mundo era algo injusto, e eu pensava assim durante muito, muito tempo. Não acho que seja necessário anunciar meu nome aos quatro cantos do mundo, mas me chamem de pequena. Era assim que ele me chamava. 

Christian foi o amor de minha vida, o amor mais puro e reciproco que tive. Durante muitos anos, convivi com os meus pais numa constante briga. Sei lá, acho que ainda guardava um pouco de esperança de que eles fossem se acertar e ficarem juntos. Final do ano retrasado, a bomba explodiu. Eles anunciaram seu divórcio. Achava que era a coisa mais ruim que já havia me acontecido. Quando você pensa em divórcio, pensa em duplos presentes, duplo quarto, duplo mimo, duplo pai, dupla mãe. Mas eu não queria aquilo, eu queria que eles ficassem juntos, que nunca se separassem. Em meu aniversário de quinze anos, mamãe venceu minha guarda na justiça e fomos morar em outra cidade, longe de tudo e todos. Porém, eu sabia que esse todos que ela dizia, se referia a nova namorada de papai e ele em si. A cidade era aconchegante, para não se referir a parada demais, morta demais. Enquanto passávamos com o carro azul turquesa - nada chamativo - de minha mãe, observava as ruas atentamente. Uma única coisa que me chamou muito a atenção foi uma biblioteca grandiosa. A maior biblioteca que eu já havia visto. 

Nossa casa ficava do lado de outra que tinha uma placa de aluga-se. Depois de instalarmos e ficarmos todas bem, - o que foi em torno de uma semana para deixar a casa arrumada - finalmente fui naquela enorme biblioteca que havia me deixado encantada. Não havia tantas pessoas lá dentro como haviam nos bares pelo qual passamos em frente também. Enquanto escolhia um livro, havia um menino sentado lendo algo muito atentamente. Prendi minha vista em sua aparência doce quando de repente ele desviou seus olhos por questões de segundos em minha direção. Foi a maior coisa que havia me acontecido de constrangedor. Constrangedor porque quando algum garoto bonito te olha, você não sabe o que fazer. Ele deu um leve sorriso no canto esquerdo de seus lábios e voltou novamente os seus olhos para os livros. Não tive coragem para pegar algum livro, resolvi ir embora. Meu Deus, eu parecia um tomate de tão corada que havia ficado. No dia seguinte, retornei a biblioteca disposta a pegar um livro. Ele estava lá, e assim que entrei já me encarou. 

Não sabia qual era o pior, sentir o frio na barriga ou sentir minhas pernas ficarem moles. Caminhei sem me importar até os fundos das prateleiras e puxei um pequeno espelho de bolso para ver se não estava tão feia assim. Escolhi qualquer livro de poesias e fui embora o mais rápido que podia. Depois de dois dias, retornei lá. Um enorme temporal havia acabado de começar, e eu realmente não estava disposta a ficar dentro da biblioteca, pois sabia que poderia demorar demais a passar e minha mãe ficaria preocupada. Devolvi o livro e ajeitei minha camiseta. O garoto não estava lá, e queria ter o visto. Esperava um ônibus passar, e a chuva já não estava mais caindo sobre mim. Olhei para os lados, era ele com um pequeno guarda-chuvas em torno de minha cabeça. Não havia reação alguma, fiquei parada como uma boba. Logo ele abriu seu vocabulário e começou a dizer: - Geralmente falam que quando uma chuva dessas vem, é sinal que um anjo morreu- Verdade? - Não, eu acabei de inventar. Só queria ter um assunto. Sorriu, e foi então que pensei ter ouvido sinos em minha volta e tudo foi ficando tão escuro a não ser ele que clareava tudo. - Não queria que ficasse aqui tomando chuva, vai ficar doente. Tome, pegue minha jaqueta e eu te levo até a sua casa. Quando chegamos, ele perguntou se podíamos nos ver algum outro dia, e eu disse que sempre estaria aqui. A partir daí, começamos a nos ver frequentemente quase todos as horas do dia. Jogávamos vídeo-game juntos, saíamos para tomar sorvete juntos, tudo o que fazíamos era juntos. 




Mamãe não dizia nada, apenas ria. Já tínhamos três meses que nos conhecíamos e tudo o que eu sabia era que seu nome era Christian, ele amava ler assim como precisava de ar para respirar. Tinha dezessete anos, havia pais que morreram num acidente aos seus seis anos de idade, e morava com sua vó que adorava o encher de tanto que cozinhava. Adorava os Beatles, gostava de ir até um prédio abandonado e ficar lá de cima observando as pessoas que pareciam formigas. Nunca havíamos transado, mas as garotas de minha cidade, todas quase já haviam. Acho que vivia sobre uma constante pressão, mas Christian dizia que não tinha problema, que podia esperar por mim o tempo que fosse. Quando completamos seis meses que nos conhecíamos, ele me pediu em namoro com aliança daquelas que vem em doce. Estávamos saindo da biblioteca quando pediu para que eu lê-se uma parte que estava com um marca páginas. Quando abri, estava escrito com canetão vermelho ”namore comigo”. Automaticamente soltei um grito que foi abafado por um beijo inesperado. É claro que iria aceitar, ele era a melhor coisa que havia já me acontecido depois de meses. Cinco dias depois de aceitar, fui passar um tempo com meu pai e sua namorada sem sal. Quando retornei depois de vinte longos dias, ele estava lá, me esperando na porta de casa. Estava ansiosa para ver minha mãe, claro. Mas estava mais ansiosa ainda para o rever. 

Ele trazia ao seu lado um buquê de flores coloridas porque dizia que não conseguiu se decidir com qual ficaria. De noite, enquanto estávamos sentados na varanda, notei como ele estava distraído. Havia dificuldades para pegar objetos, mas fingi não ver. Dia seguinte, enquanto ele jogava futebol na escola, eu o vi cair sem motivo algum. Coçava seus olhos a todo instante como se houvesse cisco o perturbando. Até o dia que a avó de Christian me chamou para jantar com eles. Como estávamos namorando, não vi problema algum. Fiquei sentada no sofá com ela me olhando, enquanto esperávamos ele sair do banho. Por estranhar o tanto que já estava lá dentro, fui ver se estava bem. Quando olhava pelos cômodos, o olhei no quarto com o queixo sangrando e caído no chão. Sem reação, gritei pela avó dele e assim foi mandado para o hospital para fazerem exames. Passei a noite lá. No dia seguinte, os médicos falaram que ele estava doente. Assim na lata, o médico nos chamou e o chamou e disse: ”Ele está com uma doença rara.” Era câncer? Meu coração gelou. Então ele suspirou e novamente disse: ”Ele possui degeneração espinocerebelar, uma doença que atrofia os…” e isso já me bastou o suficiente para que meu mundo desabasse. Ele explicou que isto acontecia com cada 100.000 pessoas, 4 ou 5 eram afetadas por tal. Os sintomas eram claros e cruéis: Ele viraria um vegetal até que morresse de vez. Iria perder a voz, perder o jeito de caminhar, de falar, de se mexer. Iria ter que por fim, andar em cadeiras de rodas e ter ajuda para se alimentar. 

A avó espantada perguntou se havia cura, e então obtivemos a confirmação que até hoje ninguém havia se curado. Porém, muitos conseguem viver por muito tempo. Por anos. Assim que saímos do hospital, passamos para comprar uma cadeira de rodas, por precaução. Desde que Christian tinha ficado doente, percebi olhares maldosos. As pessoas se afastaram dele. Mas não foram só as pessoas. Ele foi obrigado a largar os esportes, o futebol e o time. Já não conseguia ler, escrever era uma tortura. Não podia tomar chuva, nem se arriscar. Sua resistência era baixa. Vivíamos no hospital fazendo tratamentos que eram inúteis, e todos nós sabíamos. Porém, a esperança continuava. Passou semanas e a doença já estava em seu estado mais grave: Ele havia perdido totalmente o modo de se equilibrar. Já não conseguia falar uma frase inteira, e seus dedos viviam tremendo. Discutíamos porque ele insistia em fazer tudo sozinho, mas não podia deixar. Ele odiava ver que as pessoas sentiam pena, se sentiam parando suas vidas para cuidar dele. Já havia um ano e dois meses que nós nos conhecíamos, e alguns alguns meses que a doença havia sido descoberta. A única coisa que conseguia fazer sem dificuldade alguma além de cair o tempo todo, era chorar. Eu não me importava nem um pouco de cuidar dele. Eu queria cuidar. Não importava se isto ocupava todo o meu dia. Em um dia qualquer, enquanto acabávamos de sair do hospital, ele havia pedido para que eu o levasse até a casa porque sentia uma vontade interminável de abraçar sua avó. Depois que ele a abraçou, pediu para que eu o levasse até o alto do prédio para vermos o Sol ir embora. Porém, já não conseguia subir as escadas com aquela cadeira de rodas. Deitamos então na varanda e ficamos abraçados. Quando o levei para casa, ele agarrou meus braços e disse arrastando os dedos em uma tabela com as letras do dicionário, para eu o fazer companhia. Deitei na cama e ficamos virados um para o outro. Ele sorriu, e mesmo que não conseguisse falar uma só palavra, li em seus lábios um ”eu te amo pequena”. Nada de sexo, apenas ficamos abraçados a noite toda. Três meses depois, levamos ele correndo para o hospital. Era tarde demais. Christian havia tido uma parada cardíaca, dois dias antes de seu aniversário. O que descobri foi que alguns amores infinitos duram apenas alguns meses. Ele havia me ajudado quando precisei, e eu não pude ajudar o tanto que gostaria. Mesmo assim, eu sabia que o que tínhamos era eterno. Futuramente, poderia chegar a me casar, ter filhos, um cachorro e o que fosse, mas continuaria sendo a pequena dele, e ele o amor de minha vida.





Animicida

18 de ago. de 2014

17 de ago. de 2014

16 de ago. de 2014

Bolhas


As vezes eu paro pra observar ao redor. Observo as pessoas, o que elas estão fazendo e imagino o que devem estar pensando. Penso no quanto as pessoas são diferentes umas das outras, fazendo parecer que cada um tem seu próprio mundo, 
sua própria bolha. Isolados. Frios.
Lembro das muitas vezes em que me senti deslocada de tudo. Em todas as vezes em que me perguntei o que estava fazendo e percebi que não era bem vinda ali. 
Não fazia parte daquele mundo e na verdade, todos sabiam disso.
Foi então que criei minha própria bolha, me isolei como todos os outros que hoje eu observo por aí. E chego à conclusão de que não nos entendemos por completo, muito menos os outros. Acho que julgamos demais aquilo que nem ao menos conhecemos. 
E, ao mesmo tempo, não queremos ser o alvo do próximo julgamento.
E nos recolhemos em nossas bolhas enquanto o mundo se consome nessa frieza, nessa quase que total falta de calor. Falta de compreensão. Falta de mais do que isso. 
Falta de humanidade.

- Gabs

15 de ago. de 2014

Chá da Tarde



Tenho adiado há tempos, mas dia desses vou ver se chamo a vida, a lembrança, 
a mágoa e o sorriso pra tomar um chá da tarde comigo. 
De vez em quando é preciso por a conversa em dia e discutir opiniões 
até mesmo entre velhos amigos.

- Gabs


13 de ago. de 2014

Felicidade




"A felicidade é relativa, o que também acontece com a realidade e o risco. As vezes para sermos felizes, temos de assumir certos riscos. Quanto ao que é real e ao que não é, eu diria que é como a beleza, nos olhos de quem contempla. A realidade é uma coisa para alguém, outra para outra pessoa diferente. Fazemos a nossa realidade. Pode ser o que queremos ou o que precisamos."

Barbara Delinsky

12 de ago. de 2014

Encontro ou Despedida?



" - Você gosta de estrelas?
- Gosto. Você também?
- Sim. Está olhando a lua?
- Quase cheia. Em Virgem.
- Amanhã faz conjunção com Júpiter.
- Com Saturno também.
- Isso é bom?
- Não sei. Deve ser.
- É sim, bom encontrar você.
- Também acho.

silêncio
[...]

- Amanhã vou embora pra Paris.
- Amanhã vou embora pra Natal.
- Te mando um cartão de lá.
- Te mando um cartão de lá.
- No meu cartão vai ter uma pedra suspensa sobre o mar.
- No meu não vai ter pedra, só mar. E uma palmeira debruçada.

silêncio

- Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.
- Quando estiver muito quente me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede e estarei pensando em dormir com você.
- Vou te escrever carta e não mandar.
- Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
- Vou ver Júpiter e me lembrar de você.
- Vou ver Saturno e me lembrar de você.
- Mesmo quando não estiverem mais juntos.
- Daqui a 20 anos eles voltarão a se encontrar.
- O tempo não existe.
- O tempo existe e devora.
- Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar porque terei esquecido. Alfazema?
- Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
- E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.

silêncio

- Tudo isso é muito abstrato. Porque você não me convida pra dormirmos juntos?
- Você quer dormir comigo?
- Não.
- Porque não é preciso?
- Sim.

silêncio

- Me beija.
- Beijo. "


O dia que Júpiter encontrou Saturno, de Caio Fernando Abreu.

11 de ago. de 2014

Máscaras


" E olha em torno, o vazio do olhar fundindo-se com o vazio da sala. As pessoas, máscaras penduradas em corpos, o colorido das roupas gritando alto como se pudesse emprestar alguma individualidade ao que não era sequer sombra. O ar pesado de fumaça dos cigarros. [...] Não consegue fixar-se em nada. As faces inexpressivas, as paredes brancas onde não há sequer quadros, a toalha vermelha da mesa - tudo em ordem atrás da aparente desordem. "

Inventário do Ir-remediável, de Caio Fernando Abreu.

1 de ago. de 2014

Adeus


" [...] E ele vai me empurrando para a porta, pedindo que me vá, e me expulsa para o corredor dizendo não esqueça então de mandar um cartão de Sri Lanka, aquele rio doloso, aquela tez azeitonada. Que aconteça alguma coisa bem bonita pra você, te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia. Me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em todos de novo, que leve para longe de minha boca esse gosto pobre de fracasso, de derrota sem nobreza. Não tem jeito meu companheiro, nos perdemos no meio da estrada e nunca tivemos mapa algum, ninguém dá mais carona e a noite já vem chegando. A chave gira na porta. [...] "


Os sobreviventes de Caio Fernando Abreu

29 de jul. de 2014

Turbulência



"De repente você sente uma vontade incontrolável de gritar, apenas sair de seu próprio corpo, somente sumir… é um sentimento que não dá para explicar, é tão intenso que corrói aos poucos e machuca por dentro. Em um simples acaso alguém chega e pergunta “o que você tem?”, por mais que você confie nessa pessoa, ela pode ser a pessoa que você mais ama, apesar de tudo isso há apenas três pequenas palavras que definem o que sente agora “eu não sei”, quantas vezes já não disse isso em busca de uma explicação? E o incrível que por mais que tente explicar a resposta sempre será a mesma. Você se afunda numa descarga de emoções, mas eu sei que precisa desabafar, mas eu também sei que apenas precisa de um abraço para saber que mesmo machucado por dentro e todo esse desespero contido, com esse simples abraço você percebe que há alguém que busca a sua felicidade e também sofre por te ver assim. E se ainda achar que não tem ninguém assim por você, abra bem os olhos ela pode estar ao seu lado."

Via: Tumblr


28 de jul. de 2014

Que país é esse?



Essa semana assisti ao filme Lincoln. Pra falar a verdade achei o filme cansativo pelo fato de falar sobre política. É pesado pra quem não curte tanto história (a propósito, assisti ao filme errado do Lincoln, queria ver o que ele matava vampiros, mas ok), o roteiro foi muito bem feito.

O filme se resume em mostrar os principais momentos de decisões quanto a Guerra Civil americana, entre negros e brancos. Lincoln deseja acalmar a população abolindo a escravidão, poupando mortes na guerra pois então todos seriam iguais como desejavam. Mas ele não ganha apoio nenhum, juntando uma orda de inimigos e no fim, sendo assassinado ninguém sabe por quem.

O que o filme me fez pensar é que esse tipo de governo existe até hoje, provavelmente na maioria dos países. Obviamente muitos presidentes são corruptos também, mas muitos tentam ajudar as pessoas de seu país. E fico pensando se nesses casos a falta de atitude não vem da falta de apoio. Não temos como saber o que acontece lá dentro do parlamento, mas dá pra supôr certas coisas.

Como um país pode se desenvolver se o pensamento dos políticos está apenas em si mesmos, em tentar se safar de tudo do jeito mais fácil? Como um país pode se desenvolver se as grandes ideias não são aceitas por causa das mentes fechadas e egoístas?




E o que me deixa mais triste ainda é o fato de que não adianta a população acordar sobre o que está acontecendo, fazer protesto nas ruas, se o ninho de ladrões não quer acordar. Não seria bom para os bolsos de todos eles. Porque investir em educação, saúde, estrutura, se pode-se investir em suites e viagens pelo mundo? Talvez nem seja o caso da maioria dos governos, mas se for... Como um país pode se desenvolver se o próprio presidente, a responsabilidade máxima de um país, não pode tomar atitudes pois depende dos outros? Se ele não pode, quem vai poder?



- Gabs

27 de jul. de 2014

À espera de um amor


" Mas desde que, há duas semanas, uma cigana desvendou as fracas linhas da palma da minha mão: dois amores, apontou, um já passado e outro em breve por chegar. Desde então, me desconheço. [...] Mal posso conter um susto investigando o porte de cada homem que se aproxima, em cada esquina que eu dobro, sinto que busco. E me detesto por essa inquietude ardida, pelo amor que desconheço e mal consigo supor, tão parca é minha vida de memórias ou medidas. [...] Sobrevivo a cada manhã quando, cruzando corredores que me conduzem às ruas intermináveis, imagino sempre que sou invisível para cada um dos que passam. Ninguém suspeita do meu segredo, caminho severa pelas calçadas, olhos baixos, para que minha sede não transpareça: sou tão morena e tão magrinha que ninguém me adivinha assim como tenho andado - castamente cinzelada no topo deste morro onde os ventos não cessam de uivar, tenso entre as mãos, como quem segura lírios maduros do campo, uma espera tão reluzente que já é certeza. "

- 3X4 Liége, de Caio Fernando Abreu.

26 de jul. de 2014

John Mayer



Para começar bem esse novo período (desculpem o sumiço), nada melhor do que apresentar o novo álbum do lindíssimo e romântico Jonh Mayer.

A maioria já deve ter ouvido alguma música por aí. John Mayer toca até sem você perceber. Quem nunca ouviu Daughters, ou Gravity, ou Say? Paradise Valley, o novo álbum do cantor, é o quinto da carreira e foi lançado em agosto de 2013.




O disco possui 3 singles. O primeiro deles, lançado em 18 de junho é Paper Doll, tão boa quanto o resto do álbum todo. "Paper doll, come try it on. And step out of that black chiffon"



O segundo single (meu preferido FOREVER!) se chama Wildfire, lançado em 16 de julho e tem essa batida folk totalmente contagiante.
"You look fine, fine, fine. Put your feet up next to mine
We can watch that water line. Get higher and higher"


E o terceiro single, em parceria com sua noiva Katy Perry (aw), Who You Love
lançado em 2 de dezembro. 
"Oh you can't make yourself stop dreaming
Who you're dreaming of
If it's who you love then it's who you love"


Enfim pessoal, ainda fico indignada de ele quase não ganhar prêmios. Sou muito fã dele então indico infinitamente que ouçam este e todos os outros álbuns de John :)

22 de jul. de 2014

Sobre testes vocacionais, sonho e profissão

Oi gente! Voltei ao blog finalmente. E voltei com um assunto que interessa muita gente, a escolha da profissão. Posso dizer que nunca fui uma pessoa exigente. Qualquer coisa estava bem pra mim.
Isso fez com que eu gostasse de muitas coisas diferentes e quisesse ser muitas coisas diferentes durante minha vida.

Psicóloga.
Modelo.
Química.
Arquiteta.
Decoradora.
Fotógrafa.
Bióloga.

Então eu poderia dizer que não fiquei nada impressionada quando fiz meu terceiro teste vocacional e o resultado foi: artístico. Embora tenham me olhado estranho por isso não fechar com minha faculdade de biologia, se me conhecessem de verdade, saberiam que o artístico é o meu eu mais puro.




Meu sonho desde criança é ser decoradora, tanto que passo a vida toda imaginando como vai ser minha casa quando morar sozinha. Porém, infelizmente, cursos de design no Brasil são terrivelmente caros e por isso não pude fazer faculdade do que realmente queria. Mas a biologia sempre foi encantadora pra mim, e era um dos cursos mais em conta (e por isso biólogos também recebem pouco na profissão). E aí estamos, eu e toda essa nomenclatura pra decorar. Mas se me perguntam: então está arrependida? NÃO! Eu amo o que estudo e só trocaria por design mesmo.

Além de decoração, o artístico também sugere modelo, musicista, fotógrafa e escritora. Quatro coisas que adoro fazer e talvez tente ser daqui um tempo, pelo fato de que todos dizem que tenho altura pra modelo e que escrevo e fotografo bem. Quem sabe não é? Agora, música... Faz parte de quem eu sou. Tocar violão e cantar desafinado é uma das coisas que mais me acalmam. ARTÍSTICO! ARTÍSTICO!

Em segunda opção fiquei com a profissão de professor. Daí me perguntam: qual tua meta no momento? Ser professora universitária de biologia. YES! Fiquei um pouco menos decepcionada depois desse cálculo haha. Já em terceiro lugar ficou a pesquisa e o laboratório (pra ser franca eu esperava que isso ficasse em segundo).

Mas em resumo, acho que o que eu realmente queria dizer é que não devemos nos abater por falta de apoio dos pais e amigos, ou pelo preço alto dos cursos, por ser longe ou qualquer outro motivo que possa te fazer desistir. Faculdade é algo sério. É seu futuro em jogo. É investimento, não custo. E você não vai querer exercer uma profissão que odeia, depois de passar anos estudando.

Mesmo que seja muita pressão, pense bem, não escolha por impulso. O diploma vai precisar conter algo que você goste. Não importa se irá fazer você ganhar um milhão ou mil. Um trabalho que você odeia torna sua vida infeliz. Você tem que ter amor pelo que faz pra fazer bem. E boa sorte ;)

Sobre as Pessoas



"Há bastante deslealdade, ódio, violência, absurdo no ser humano comum para suprir qualquer exército em qualquer dia. E o melhor no assassinato são aqueles que pregam contra ele. E o melhor no ódio são aqueles que pregam amor, e o melhor na guerra, são aqueles que pregam a paz. Aqueles que pregam Deus precisam de Deus, aqueles que pregam paz não têm paz, aqueles que pregam amor não têm amor. Cuidado com os pregadores, cuidado com os sabedores. Cuidado com aqueles que estão sempre lendo livros. Cuidado com aqueles que detestam pobreza ou que são orgulhosos dela. Cuidado com aqueles que elogiam fácil, porque eles precisam de elogios de volta. Cuidado com aqueles que censuram fácil, eles têm medo daquilo que não conhecem. Cuidado com aqueles que procuram constantes multidões, eles não são nada sozinhos. Cuidado com o homem comum, com a mulher comum, cuidado com o amor deles. O amor deles é comum, procura o comum, mas há genialidade em seu ódio, há bastante genialidade em seu ódio para matar você, para matar qualquer um. Sem esperar solidão, sem entender solidão eles tentarão destruir qualquer coisa que seja diferente deles mesmos."

Via: Tumblr

21 de jul. de 2014

21 Anos de Fotografia


FONTE: Eu Te Amo Hoje

O fotógrafo Zed Nelson começou a fotografar a família de um amigo em 1991 e continuou fazendo ano a ano, sempre na mesma data e com as mesmas condições de iluminação e fundo, para que o milagre do crescimento, tempo e idade ficasse claro.


1991

1992

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1997


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1999

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2001

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